– ER – Plantão Médico


Depois de quinze anos, o fim finalmente chegou para ER. E, com todo o elenco original confirmado para uma última aparição, o adeus não poderia ser melhor. ER estreiou nos Estados Unidos, pela NBC, em 1994, ao lado daquele que viria a ser outro grande sucesso da emissora, Friends. Por aqui, fomos apresentados a série pela Globo em 1995, sob o nome de Plantão Médico.
O ritmo frenético, as linhas de acção envolventes e verdadeiras montanhas russas emocionais são os principais argumentos desta série para criar um ambiente stressante, mas poderoso e real, onde médicos e enfermeiros se confrontam com os desafios diários de um hospital numa grande cidade, desde as tão conhecidas sala de espera super lotadas, a falta de material e decisões de vida ou de morte, estagiários que não são o que se espera ou que precisam de mais apoio, doentes que não têm para onde ir ou como se curar fora dali… são situações que exigem dum equipa de pessoas atenção a tempo inteiro, o que se reflecte nas suas quebras pessoais e depressões. O componente psicológico desta série é fortíssimo, principalmente porque não há momento algum em que seja fácil com as personagens, originando twists felizes ou situações improváveis que os levem a relaxar. Nesse aspecto, E.R. é tão brutalmente real que por vezes chega a ser doloroso. Mas da mesma forma que não há bons momentos gratuitos, também não devemos generalizar que a série é um inferno constante. Não, esta série trata pessoas e trata de pessoas, pelo que os momentos de felicidade que nos traz são momentos verosímeis, pequenas alegrias da vida de qualquer um de nós que também ali não são impossíveis de acontecer.
E isso é sem qualquer dúvida bom ver-se em televisão: verdade, vida, e não apenas mais uma série com qualidade mas irrealidade.

Noah Wyle
Dr. Jonh Carter é uma das personagens mais aclamadas da série. O publico acolheu-o como um estagiário nervoso e ansioso para provar o que valia, e viu-o evoluir para um médico confiante, inovador e sensato. Ganhou o respeito de todos.

Eriq La Salle
Dr. Peter Benton no início da série apresentava se como um mentor duro e exigente para Carter que tentava ao máximo agradá-lo sem nunca o conseguir realmente. Um cirurgião dos melhores. É um homem de cor que encontrou vários obstáculos na sua vida e construiu uma face fria. Contudo, ao longo da série vai revelando relutantemente alguns sentimentos

Anthony Edwards
Dr. Mark Green, divorciado, pai babado de uma menina (Rachel), é uma personagem que vive atormentado com problemas pessoais, quer nas suas relações amorosas, quer na sua relação com os pais. Tem uma posição de relevo no hospital o que o obriga a saber conjugar amizades e decisões profissionais. Muitas vezes cede sobre pressão. Esse é o meu queridinho… rsrs

Laura Innes
Dr. Kerry Weaver é uma mulher que se fez a si mesma, independente e boa profissional. Progride rapidamente dentro do hospital. Apesar da sua personalidade não ser bem aceite por alguns colegas, nada a derruba nem mesmo a deficiência física que a obriga a andar pelas salas e corredores de muleta. Comecei a gostar dela a partir da terceira temporada!!!

Após 15 temporadas, ER chega ao seu fim.

Plantão Médico, nome que recebeu no Brasil, foi a primeira série que assisti com regularidade, quando era exibida em horário nobre pela Globo. Chamavam a atenção a realidade e o ritmo frenético com que era retratada a rotina médica em um fictício hospital de Chicago (EUA), além dos dramas pessoais dos médicos e dos enfermeiros.

Pela primeira vez na televisão, os profissionais de saúde eram tratados como seres humanos, e não heróis. ER, sem dúvida alguma, abriu as portas para outras séries do gênero, como Strong Medicine, Grey’s Anatomy e House.

Entre tantas histórias, é impossível esquecer a conturbada relação entre Doug Ross (George Clooney) e Carol Hathaway (Julianna Margulies), a trajetória de sucesso de John Carter (Noah Wyle), a comovente luta contra a Aids protagonizada por Jeanie Boulet (Gloria Reuben), a morte de Mark Greene (Anthony Edwards), o fim trágico do implicante Robert Romano (Paul McCrane), a batalha de Kerry Weaver (Laura Innes) para vencer o preconceito em razão de sua orientação sexual e as idas e vindas de Luka Kovac (Goran Visnjic) e Abby Lockhart (Maura Tierney).

A série também entrará para a história como um dos maiores sucessos da televisão mundial. Em seu auge, chegou a colocar mais de 30 milhões de norte-americanos diante da TV. Exibida em 195 países, ER foi dublada ou legendada em 22 idiomas. Além disso, teve 123 indicações ao Emmy, um recorde.

No Brasil, ainda vai demorar um pouco para os fãs de ER assistirem oficialmente ao final da série.

Deixe um comentário