Maldade

drama

“Nenhum homem cruel, é cruel na medida em que o maltratado julga”
Nietzsche, Friedrich 

“É evidente que a malvadez também tem o seu limiar. Sim, um ser humano hesita e oscila entre o bem e o mal toda a sua vida… Mas enquanto o limiar de maldade não for ultrapassado, a possibilidade de retorno mantém-se e o indivíduo mantém-se dentro dos limites da nossa esperança.
Martin Amis, in ‘Koba o Terrível’

“Certas paixões contagiosas tornam-se, por esse motivo, facilmente coletivas. A sua ação é, então, irresistível. Elas precipitaram muitos povos uns contra os outros nas diversas fases da história.
A maldade é, no seu juízo, um poderoso elemento do progresso humano. Parece, infelizmente, muito certo que, se os homens tivessem seguido o preceito do Evangelho “Amai-vos uns aos outros”, ao invés de obedecerem ao da Natureza, que os incita a se destruírem mutuamente, a humanidade vegetaria ainda no fundo das primitivas cavernas
.”
Gustave Le Bon

O mal realmente existe, não é conto da caroxinha ou algo a ser ignorado, pelo menos, tenho visto que em pleno século XXI, aquelas reflexões que lemos fazem parte de um progresso constante em meio a humanidade.
A perda de valores, o egoísmo desenfreado que acaba sendo reflexo da “paixão” citada por Gustave Le Bon, são elementos fundamentais que levam a humanidade à maldade.
Vivemos em um tempo de consumismo em que você vale o que pesa e partindo desse príncipio, muitas pessoas não medem esforços para alcançarem seus objetivos.

 

 Sei que é bacana correr atrás do que deseja, traçar metas, mas devemos levar em consideração a que custo, ou seja, não é legal passar por cima das pessoas para adquirir o que deseja… Falando dessa forma, tenho certeza que muitas pessoas concordarão comigo, senão todas! Mas, será que isso faz parte da sua conduta diária?? Será que em algum momento, vc não para e diz: – Não é comigo não estou nem aí?
A coisa fica pior quando olhamos por um lado mais específico, no caso de um religioso por exemplo, onde me desculpem caros leitores, mas a hipocrisia permeia de maneira sutil. A solução acaba sendo atribuída aos espíritos, ou seja: Se alguém fizer uma coisa monstruosa,ou ruim,  a culpa nunca é dele, é sempre do “coitado” do diabo, capeta, ou Lucífer… Como queiram chamar o vil “autor”. Não acham que esse carinha está sendo muito elogiado? Afinal, atribuem poderes a ele que sinceramente não sei se os têm de fato…

A minha verdade à respeito é a seguinte:

Existem pessoas e “pessoas“… Existem pessoas que têm um coração generoso, e que ainda assim erram, mas ao enxergar o seu erro, sente, se arrepende e tenta viver sem o cometer novamente… E existem “pessoas”  que erram e viram a página ao errar; Como se nada tivesse acontecido e se tiver que fazer de novo o mesmo ato o fará, pois sabe que é dessa maneira que alcançará seu objetivo, sendo assim, como podemos destinguir tais situações?
A minha verdade acredita na índole, ou seja, tendência natural.

“A vida é um ping pong: tudo o que você faz volta, de alguma forma, para você. Pode demorar muitos e muitos anos, mas, tenha certeza, volta mesmo.
Pena que não descobrimos isso quando somos crianças. Aprenderíamos desde cedo que lapidar nosso caráter traz um efeito benéfico e multiplicador ao longo da vida e nos faz viver com mais conforto, tranqüilidade e sucesso.
É fácil perceber pessoas a nossa volta que têm problemas de índole e, por conseqüência, puxam seus próprios tapetes. Essa situação aparentemente caricata assemelha-se a um desenho animado, onde o personagem, no intuito de fazer algo em seu benefício, cai ao puxar o tapete em que está pisando. Vemos isso todos os dias!
Como dizer a essas pessoas que a deficiência está no caráter que elas desenvolveram? A má notícia é que, infelizmente, não existe cura. É o típico “pau que nasce torto, morre torto”. Se você fizer o mesmo, obterá problemas em curtíssimo prazo.”
                                                                                Jorge Sabongi 

Talvez, meu próximo post fale um pouco mais sobre a questão da índole, mas não custa nada tentar analisar por esse prisma, né?

Sobre Flavita / Misaki

Meu nome é Flavia, mas tenho vários apelidos, dentre eles sou conhecida por Flavita, Hadassa, atualmente Misaki. Tenho 45 anos, sou carioca e um dos meus hobbies é a literatura...Adoro ler!!! Capricorniana, vivo me cobrando... Amo a Anne, minha filhota, por ela faço muitos sacrificios e não me arrependo... Sou geniosa às vezes, pode -se dizer que sou meio díficil de lidar, embora conheça pessoas piores... E como disse a queridíssa Clarice, faço das palavras dela, as minhas: "E se me achar esquisita, respeite também. até eu fui obrigada a me respeitar." Eu não estava muito ativa, mas de vez em quando volto, querendo me seguir no Instagram: @misaki_keli

6 Respostas para “Maldade”

  1. Rafaela diz :

    Flavita, gostei muito do post!
    Concordo com vc em muitos aspectos, também acho que a índole é o que faz a diferença total, no final das contas, acredito piamente na lei do retorno!
    Post ótimo como sempre, pq faz agente pensar e avaliar as coisas por vários ângulos, acho muito importante e sáudável, termos contato com vários pontos de vistas diferentes.
    Bjs!

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  2. Ana Paula diz :

    Maldade… é uma palavra que abrange um leque de coisas, sim não estou falando de sinônimos, mas de sentidos em que usamos, as vezes usamos como um comentário sem muita importância, dizendo “ai que maldade” para algo que alguém comenta, mas nem nos damos conta muitas das vezes que esta palavrinha quer dizer na realidade algo sério.
    Há aqueles que os são (maus) de carteirinha, outros de ocasião (são pela situação) mas eu acredito que nem todos são 100% maus ou 100% bons, há um pouco de cada em todo mundo, depende do que vivemos no momento ou o que nos provoca, se alguém ou algo nos provoca o lado humano (ops ser bom e mau é caracteristica de SER humano), nosso lado “simpático” (nossa empatia) tratamos com a parte do coração que traz coisas boas, mas se nos atinge do outro lado, ou de outra forma, podemos até ser… Impiedosos, tá a palavra pode ser meio forte, mas quando a maldade é atingida no alvo de surpresa e com força, pode até acabar com uma pessoa…
    por isso, tentemos manter este lado na obscuridade e deixá-lo lá… esquecido… até que nem se tome conhecimento de sua existência.
    Pois uma vez atingida, não pode ser remediada…
    beijukinhas

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  3. hadassahamy diz :

    Paulinha,
    De fato, disseste tudo o que eu tentei dizer, mas não saiu, aliás, saiu, tanto que vc captou tudinho, da forma correta, como a coisa veio surgir em minha cabeça, o problema é que quando tento explicar, ou falar de algo, acabo não dando foco ao que surgiu, outras coisas sugem e meio que espalho o que tento passar… Daí acho que estou meio loca, por não ter sido objetiva, mas é isso!
    Bacana seu comentário!

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  4. Creuza Moura diz :

    Concordo com as palavras da Ana Paula, assim como concordo em parte com o que escreveste de forma simples e crua. a maldade é realmente muito abrangente, e como vc acredito que o ser humano tenta de todas as formas fugir da responsabilidade por sua maldade, seus atos, mas também acredito que apesar da “Indole”, concorre também para a maldade o lado espiritual da coisa. Ou como explicar pessoas que são incapases de fazer mal a uma barata, tomarem atitudes monstruosas? o mal impele e o ser humano executa. é assim que penso.
    bjs miga

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  5. Rogue diz :

    Amiga..bons textos, q nos faz refletir.

    beijos

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  6. Raissa diz :

    verdade miga existe maldade e creio que as do sec XXI sejam as piores…ainda nao entendi quem mede o nivel de maldade nos coraçoes, mas deve ser o ser mais desocupado do mundo e eu ainda mais por concordar com ele…rsrsr…A maldade tem o mesmo nivel sempre, mas creio que no Sec XXI nós temos mais meios de difundi-la por meio da TV… existe melhor meio para enfiar algo na cabeça de alguem como a TV?? eu creio que nao…e como voce disse é da indole do individuo…as vezes basta um impurrao….

    Miga continue escrevendo assim adoro seu blog…

    Bjinxxxx

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